quinta-feira, 4 de agosto de 2011
A droga da censura!
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Hein?sten!
Numa recente interação com meu irmão (enquanto ambos faziam chá de maçã com canela na cozinha) surgiu a seguinte conversa:
Quem somos nós?
Guerra, frio, miséria fome ...
De que servimos nós?
Injustiça com consumação solene, por motivos sórdidos cometida
Abençoada , mas não por Deus, e sim por aqueles que se julgam Deus
Quem nós realmente somos?
Mas será que sabemos?
Será que realmente temos a capacidade de saber?
Não quero sair lá pra fora...
Lá fora tem frio, desespero, insegurança...
Aqui dentro é melhor...mas por quanto tempo?
Não interessa, vou continuar aqui, vou continuar aqui pelo tempo que puder
Mãe, não quero chorar
Como se faz pra não chorar?
Não nos ensinam na escola como fazer pra não chorar
Só nos dizem: sejam fortes!
Eu nem sei o que ser forte quer dizer...!
Mas eu sei que não consigo, e as lagrimas saem
Ser forte é complicado
Depois de um tempo nós aprendemos a ser medíocres, ignorar as dores
Ignorar os sofrimentos
Não pensar na própria iniqüidade
Mesmo que eu não queira pensar, não se pode guardar raiva, rancor ou ressentimento
É preciso falar do sofrimento, da insolência
Senão ele consome você, ele engloba você e depois vomita
Ele incinera sua mente e sua vontade
Não existe querer ou não querer
O que a gente devia era encarar o sofrimento de frente
Assim ele diminui, e até desaparece!
Mas parece que nossa vontade é hidrofóbica!
Não se mistura a nossa água com o seu óleo
E o mundo gira, gira, e continua parando no mesmo ponto
E continuamos os mesmos
Ainda somos os mesmos?
Então nós sabemos o que somos?
O livro desaparecerá?
“O livro é uma extensão do pensamento.”
Penso que o caso dos livros é parecido com o caso da música, acabar com os livros é diminuir os lucros daqueles que produzem, é lógico que é mais vantajoso e econômico não ter que gastar com produção de papel, mas a escrita sem o papel se torna abstrata, mais difícil de ser conservada, no futuro, vão existir novas formas de
reprodução de mídia, e aquilo que não está reproduzido em papel mas sim em bytes pode ser perdido.
Imagine um busca arqueológica futura, quando não existirem mais os reprodutores de cartões de memória e cd’s, como será possível recuperar aquilo que foi perdido?(Seria como tentar entender uma linguagem que não existe mais, temos resquícios dela no momento em que vivemos mas muitas coisas foram adaptadas, modificadas, incorporadas por outras culturas).
É complicado pensar que o livro desaparecerá, mas não impossível, os papiros e pergaminhos deixaram de ser produzidos, os códices tornaram-se obsoletos e o livro provavelmente tornar-se-á desatualizado, antigo.
Engraçado pensar em “como os antigos livros” tal qual diz-se de “os antigos códices” ou “os antigos pergaminhos”, o livro sempre foi algo passageiro, cheio de simbolismos e as bibliotecas sempre foram e serão tratadas como templos do conhecimento. Os livros não deixarão de existir, as bibliotecas continuarão lá, mas tornar-se-ão obsoletas.