'' Oi meu nome é Alice! ''- Não! Eu não posso falar assim tão diretamente...Ele vai achar que eu sou louca, não que eu não seja um pouco, afinal de médico e de louco todo mundo tem um pouco não é?! Ai chega de pensar nisso, eu não vou ter coragem de falar com ele mesmo...Aaaaah! O que eu faço?!
De fato eu parecia a Alice no País das Maravilhas correndo atrás do eu coelho branco, a única diferença é que ele não era coelho muito menos coelho branco.
Eu estava numa daquelas fases em que você se apaixona por um cara que não conhece, sabe, não sabe o nome nem nada que possa te ligar a ele ou que faça você vê-lo de novo ou coisa parecida, mas eu sabia que estava apaixonada mais uma vez e que era inútil resistir, a única coisa a fazer era esperar que o destino fizesse ele aparecer na minha vida outra vez, e dessa vez sem nada que nos impeça de conversar e saber pelo menos o nome um do outro (aaaaaah!).
E pensar que na única vez que eu imaginei que não teria chance nenhuma de encontrar o meu príncipe encantado ele aparece em carne e osso pra mim... e ainda fica olhando pra mim o tempo todo! (aaaii, eu tô num sonho!) No ínicio eu pensei que estava imaginando coisas, que ele não tinha olhado pra mim não, que era coisa da minha cabeça, afinal eu sou super imaginativa, mas depois da 5ª vez não tinha mais como negar...
Ai minha cabeça girou...
Agora, lá estava eu, perdida em pensamentos, imaginando como seria se eu o visse de novo, se ele viesse falar comigo, em como seria se eu não me escondesse no muro da igreja de novo pra não morrer de vergonha (é eu fiz isso...) , em como seria se eu tivesse coragem pra falar com ele ( aai, nessas horas eu queria a cara-de-pau da Lara, minha amiga), então ele não teria como não ser o ''meu'' príncipe encantado.
Tudo aconteceu quando eu fui na igreja no sábado de tarde, é uma igrejinha pequena que tem perto da minha casa então não possui muitos frequentadores, cheguei um pouquinho antes da missa começar e minha avó já estava lá esperando, sentei ao lado dela e fiquei um tempinho imersa nos meus pensamentos, foi aí que entrou uma família e sentou bem no banco que era oposto ao nosso, do outro lado do corredor, eu olhei por cima do ombro da minha avó e vi aquele garoto lindo, a pele branca , o cabelo e os olhos extremamente negros, uma beleza tão diferente de tantas outras que eu já tinha visto antes, é claro que nessas horas nós garotas pensamos ''Nossa! Que lindo, tomara que ele olhe pra mim..." mas devo admitir que todas as vezes que fiz isso não deu certo, os garotos nunca olharam, ou se olharam eu não vi, o estranho foi que dessa vez ele respondeu imediatamente ao meu pensamento com um olhar penetrante no ínicio eu respondi ao olhar dele olhando também, mas depois de três segundos desviei o olhar encabulada, eu nunca consigo fazer isso de ficar olhando pra uma pessoa muito tempo eu sempre fico envergonhada imaginando o que elas estão pensando de mim enquanto eu faço isso, mas eu não resisti á tentação de olhar outra vez e sim, ele continuava olhando pra mim sem sequer cogitar a hipótese de desviar o olhar, chocada, baixei a cabeça, por que ele estava me olhando? Deve ser essa roupa que eu botei-pensei- ele deve estar me achando exagerada, eu sabia que não deveria ter colocado ela...
A missa começou... Graças à Deus ele estava olhando para a frente, eu não queria que a minha avó percebesse o que estava acontecendo por que não seria nada agradável ver ela comentando sobre isso com toda a minha família pelas 5 semanas seguintes.
Bem, agora eu tinha um motivo para olhar para a frente sem parecer que estava ignorando ele e dar um tempo para minha cabeça parar de girar, prestei um pouco de atenção á missa, mas estava um pouco difícil naquela situação, olhei de novo, e, como ele não estava olhando pra mim segurei mais tempo o olhar, sempre conferindo se a minha avó não estava percebendo, analisei o máximo de características dele possível, para guardar na memória com o máximo de detalhes, tentei também pensar em algum artista parecido com ele, para descrevê-lo para Lara depois mas não consegui achar nenhum ele era muito peculiar, então ele voltou a olhar para mim com uma expressão que eu não conseguia decifrar, na hora tentei segurar o olhar, pelo menos um pouquinho pensei, mas eu comecei a ficar vermelha e não queria que ele percebesse que eu estava envergonhada e ainda por cima por que a minha avó estava virando o rosto para mim naquele exato momento, virei o rosto para o lado oposto torcendo para que minha avó não tivesse percebido nada.
Pelo que avaliei depois, ela não tinha percebido mesmo, ainda bem, eu estava convicta a não deixá-la notar que eu estava olhando pra um garoto.
O que eu havia conseguido com aquela olhada mais prolongada? Ficar com 90% mais vergonha que antes e ainda com o rosto ardendo febrilmente, o que não era nada típico de mim. Decidi parar de olhar para ele, pelo menos por um tempo e foi o que fiz, tentei prestar atenção no sermão do padre mas no meio do salmo um cachorro entrou na igreja e começou a latir, eu levei um susto e olhei para trás, ele também, nosso olhar se encontrou outra vez e dessa vez o rosto ardeu com velocidade recorde a tal ponto que eu arregalei os olhos e virei o rosto para frente sem conseguir continuar a cantar o refrão do salmo por que me falatava voz, notei que ele continuava a me olhar mas não virei o rosto de volta em sua direção, seria díficil demais, eu iria começar a gritar(aaaaaaaaaiiiii!).
Fui á comunhão e não olhei para ele, tentei me concentrar e me acalmar o máximo possível naquela hora, tinha medo que ele tentasse se aproximar de mim no final da missa e aí as coisas seriam impossíveis de negar para a minha avó.
A missa acabou, geralmente nesse momento minha avó saía cumprimentando toda sorte de conhecidos e nós ficavámos lá até fecharem a igreja, mas naquele dia ela estava com o pé torcido e nós íamos de carona com uma vizinha para casa. Se isso era sorte ou azar eu não sei, tentei não avaliar, o fato foi que ficamos pouco tempo na igreja depois que a missa acabou, na frente da igreja ajuntou-se um aglomerado de pessoas, o qual eu me afastei o máximo possível discretamente e me encostei na lateral da pequena igreja para observar as pessoas, eu vi que ele procurava alguma coisa dentre as pessoas, talvez fosse eu, não sei dizer, o fato é que ele não me viu ali, encostada olhando ele procurar, notei que ele parecia conhecer várias das pessoas que estavam ali, isso era um bom sinal, talvez eu tornasse a vê-lo, notei também que o carro dele era branco, acho que um palio ou coisa parecida, eu não consegui ver direito por que tinha muita gente na frente e por que eu já estava indo embora, vi quando ele buscou uma caixa no porta-malas e voltou á multidão, entre no carro e fiquei olhando pela janela a imagem dele se afastar...
Agora cá estou eu matutando esse assunto pela milésima vez, e pela milésima vez concluindo que encontrarei ele de novo de qualquer forma.
De fato eu parecia a Alice no País das Maravilhas correndo atrás do eu coelho branco, a única diferença é que ele não era coelho muito menos coelho branco.
Eu estava numa daquelas fases em que você se apaixona por um cara que não conhece, sabe, não sabe o nome nem nada que possa te ligar a ele ou que faça você vê-lo de novo ou coisa parecida, mas eu sabia que estava apaixonada mais uma vez e que era inútil resistir, a única coisa a fazer era esperar que o destino fizesse ele aparecer na minha vida outra vez, e dessa vez sem nada que nos impeça de conversar e saber pelo menos o nome um do outro (aaaaaah!).
E pensar que na única vez que eu imaginei que não teria chance nenhuma de encontrar o meu príncipe encantado ele aparece em carne e osso pra mim... e ainda fica olhando pra mim o tempo todo! (aaaii, eu tô num sonho!) No ínicio eu pensei que estava imaginando coisas, que ele não tinha olhado pra mim não, que era coisa da minha cabeça, afinal eu sou super imaginativa, mas depois da 5ª vez não tinha mais como negar...
Ai minha cabeça girou...
Agora, lá estava eu, perdida em pensamentos, imaginando como seria se eu o visse de novo, se ele viesse falar comigo, em como seria se eu não me escondesse no muro da igreja de novo pra não morrer de vergonha (é eu fiz isso...) , em como seria se eu tivesse coragem pra falar com ele ( aai, nessas horas eu queria a cara-de-pau da Lara, minha amiga), então ele não teria como não ser o ''meu'' príncipe encantado.
Tudo aconteceu quando eu fui na igreja no sábado de tarde, é uma igrejinha pequena que tem perto da minha casa então não possui muitos frequentadores, cheguei um pouquinho antes da missa começar e minha avó já estava lá esperando, sentei ao lado dela e fiquei um tempinho imersa nos meus pensamentos, foi aí que entrou uma família e sentou bem no banco que era oposto ao nosso, do outro lado do corredor, eu olhei por cima do ombro da minha avó e vi aquele garoto lindo, a pele branca , o cabelo e os olhos extremamente negros, uma beleza tão diferente de tantas outras que eu já tinha visto antes, é claro que nessas horas nós garotas pensamos ''Nossa! Que lindo, tomara que ele olhe pra mim..." mas devo admitir que todas as vezes que fiz isso não deu certo, os garotos nunca olharam, ou se olharam eu não vi, o estranho foi que dessa vez ele respondeu imediatamente ao meu pensamento com um olhar penetrante no ínicio eu respondi ao olhar dele olhando também, mas depois de três segundos desviei o olhar encabulada, eu nunca consigo fazer isso de ficar olhando pra uma pessoa muito tempo eu sempre fico envergonhada imaginando o que elas estão pensando de mim enquanto eu faço isso, mas eu não resisti á tentação de olhar outra vez e sim, ele continuava olhando pra mim sem sequer cogitar a hipótese de desviar o olhar, chocada, baixei a cabeça, por que ele estava me olhando? Deve ser essa roupa que eu botei-pensei- ele deve estar me achando exagerada, eu sabia que não deveria ter colocado ela...
A missa começou... Graças à Deus ele estava olhando para a frente, eu não queria que a minha avó percebesse o que estava acontecendo por que não seria nada agradável ver ela comentando sobre isso com toda a minha família pelas 5 semanas seguintes.
Bem, agora eu tinha um motivo para olhar para a frente sem parecer que estava ignorando ele e dar um tempo para minha cabeça parar de girar, prestei um pouco de atenção á missa, mas estava um pouco difícil naquela situação, olhei de novo, e, como ele não estava olhando pra mim segurei mais tempo o olhar, sempre conferindo se a minha avó não estava percebendo, analisei o máximo de características dele possível, para guardar na memória com o máximo de detalhes, tentei também pensar em algum artista parecido com ele, para descrevê-lo para Lara depois mas não consegui achar nenhum ele era muito peculiar, então ele voltou a olhar para mim com uma expressão que eu não conseguia decifrar, na hora tentei segurar o olhar, pelo menos um pouquinho pensei, mas eu comecei a ficar vermelha e não queria que ele percebesse que eu estava envergonhada e ainda por cima por que a minha avó estava virando o rosto para mim naquele exato momento, virei o rosto para o lado oposto torcendo para que minha avó não tivesse percebido nada.
Pelo que avaliei depois, ela não tinha percebido mesmo, ainda bem, eu estava convicta a não deixá-la notar que eu estava olhando pra um garoto.
O que eu havia conseguido com aquela olhada mais prolongada? Ficar com 90% mais vergonha que antes e ainda com o rosto ardendo febrilmente, o que não era nada típico de mim. Decidi parar de olhar para ele, pelo menos por um tempo e foi o que fiz, tentei prestar atenção no sermão do padre mas no meio do salmo um cachorro entrou na igreja e começou a latir, eu levei um susto e olhei para trás, ele também, nosso olhar se encontrou outra vez e dessa vez o rosto ardeu com velocidade recorde a tal ponto que eu arregalei os olhos e virei o rosto para frente sem conseguir continuar a cantar o refrão do salmo por que me falatava voz, notei que ele continuava a me olhar mas não virei o rosto de volta em sua direção, seria díficil demais, eu iria começar a gritar(aaaaaaaaaiiiii!).
Fui á comunhão e não olhei para ele, tentei me concentrar e me acalmar o máximo possível naquela hora, tinha medo que ele tentasse se aproximar de mim no final da missa e aí as coisas seriam impossíveis de negar para a minha avó.
A missa acabou, geralmente nesse momento minha avó saía cumprimentando toda sorte de conhecidos e nós ficavámos lá até fecharem a igreja, mas naquele dia ela estava com o pé torcido e nós íamos de carona com uma vizinha para casa. Se isso era sorte ou azar eu não sei, tentei não avaliar, o fato foi que ficamos pouco tempo na igreja depois que a missa acabou, na frente da igreja ajuntou-se um aglomerado de pessoas, o qual eu me afastei o máximo possível discretamente e me encostei na lateral da pequena igreja para observar as pessoas, eu vi que ele procurava alguma coisa dentre as pessoas, talvez fosse eu, não sei dizer, o fato é que ele não me viu ali, encostada olhando ele procurar, notei que ele parecia conhecer várias das pessoas que estavam ali, isso era um bom sinal, talvez eu tornasse a vê-lo, notei também que o carro dele era branco, acho que um palio ou coisa parecida, eu não consegui ver direito por que tinha muita gente na frente e por que eu já estava indo embora, vi quando ele buscou uma caixa no porta-malas e voltou á multidão, entre no carro e fiquei olhando pela janela a imagem dele se afastar...
Agora cá estou eu matutando esse assunto pela milésima vez, e pela milésima vez concluindo que encontrarei ele de novo de qualquer forma.
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