quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Sobre razão e emoção

Não sufoque o seu coração para que não seja sufocada também sua alma
Não obedeça plenamente a opinião do seu coração pois ele não tem consciência do que faz
Não confie plenamente na razão pois ela não tem a capacidade de sentir
Pondere a razão e a emoção, coloque-as em uma balança e jamais deixe que uma se sobreponha à outra.

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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Sobre o politicamente correto

Vivemos no Brasil um momento de falta de bom senso e, acima de tudo, um momento de falta de bom humor. 
A "moda" reinante no comportamento das pessoas, no período entre 2008 e 2010, ditava um humor politicamente incorreto como padrão dominante, vamos dialogar sobre isso: 

Durante o período que abrange o ano de 2008 o programa Pânico na TV conquistou muitos adeptos. Seu público: uma multidão de cansados espectadores que finalmente puderam ver algo de novo reverberar no humor nacional após anos de dominação de programas como Casseta e Planeta, Zorra Total e Jô Soares ...  
O programa Pânico seguiu uma linha humorística bastante escrachada, no início até que em dosagens adequadas, eu diria, e com o sucesso (passou a exagerar no uso de determinadas piadas, muitas sem nenhuma graça, estereotipando pessoas por exemplo) acabou perdendo a linha.  
Como alternativa surgiu o programa CQC, humorístico que segue padrões jornalísticos e que buscava um humor mais refinado. Acertou por muito tempo, humor na medida, sem exageros e estereótipos.  Mesmo assim, as críticas vieram, o CQC mexeu com grandes nomes da política nacional  e conquistou antipatia frente a categoria , da mesma forma, o programa acabou usufruindo de fórmulas bem conhecidas para ganhar audiência (como a cobertura a eventos de novelas da Rede Globo e entrevistas com jogadores de futebol). 
 As constantes críticas, mesmo nos acertos do programa, fizeram alguns de seus integrantes pararem de se importar com a repercussão de suas declarações na mídia e perderem a linha com muitas piadas de duplo sentido e o abominável uso de estereotipias.  Eu, particularmente, não vejo nenhuma das declarações como gravíssima, mas sim como declarações infelizes que poderiam ser desfeitas com um pedido formal de desculpas. Acontece que foram muitas declarações infelizes, e muitos pedidos de desculpas, tantos que os integrantes do programa cansaram de pedir desculpas... não cansaram, porém, de fazer declarações infelizes para as quais os pedidos de retratação não vieram.  
Os integrantes do programa acabaram sendo vistos com antipatia por uma parcela muito grande da população, visto que, criticaram demais todas as faces do sistema: ricos e pobres, patrões e empregados, políticos e população, ativistas gays e homofóbicos, celebridades e seus seguidores... e a lista continua. 
O trabalho dos "caras" no geral acaba sendo muito bom, e muita gente parece se esquecer disto, o CQC se preocupa em expor as mazelas sociais, cobrar explicações dos políticos (papel que cabe a imprensa, permitam-me dizer e não apenas a população em geral como muitos teimam em clamar) e fiscalizar obras públicas. Acusar o CQC por seu humor por vezes infeliz e jamais elogiá-lo é pura ignorância e preconceito da nossa parte, queridos amigos, não abusemos do politicamente correto por que ele é necessário, mas tudo que é em exagero é prejudicial, perde a linha, como vimos que acontece até mesmo no humor. 

Para terminar este post, cito o post "Segundas Chances"(20/01/2012) do Blog "Um pouco de mim" da Elaine Gaspareto, que me motivou a escrever este texto, quem tiver oportunidade leia, exemplifica tudo que citei acima. 



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